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Crédito: AD Produções
A superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Silvana Dilly, participou, entre os dias 16 e 18 de fevereiro, da Missão Institucional do Sebrae de Bioeconomia, no território de Santarém/PA - que abrangeu também o Distrito Alter do Chão e as cidades de Belterra e Mojuí dos Campos. A iniciativa foi mais uma das etapas para a realização do projeto Iconografia local, em que a Assintecal, por meio do seu Núcleo de Design e Pesquisa, mapeia símbolos locais como forma de aplicá-los no desenvolvimento de novos produtos e materiais.
Na Missão, a representante da Assintecal participou de uma agenda que combinou a imersão na cultura do Baixo Amazonas e a prospecção de oportunidades. Entre os locais visitados na “Pérola do Tapajós”, estão a Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona), que realiza manejo florestal sustentável no oeste do Pará desde 2005; o Museu de Ciências da Floresta (MUCA), que abriga, além de parte da história da Amazônia uma incubadora com produtos oriundos da floresta; a Comunidade Jamaraqua, onde 24 famílias vivem e harmonia com a natureza preservando saberes tradicionais; a Escola Borari, reconhecida por seu compromisso com a educação indígena e tradicional; a Confecção Borari, um empreendimento comunitário que valoriza a cultura indígena Borari por meio da produção de roupas e acessórios inspirados nos elementos da floresta e nas tradições amazônicas; entre outros locais que envolvem a cultura da região.
“Quando se vive da floresta, não se derruba a floresta”
Silvana conta que a missão foi muito rica e destacou o potencial da bioeconomia local. “Vimos produtos que eles só têm aqui no Pará. O nosso objetivo não é mudar, mas estimular esse potencial criativo, embalar com o processo de iconografia para potencializar esses produtos e, consequentemente, gerar renda para as comunidades locais e ajudar a manter a floresta de pé”, comentou a executiva. “Quando se vive da floresta, não se derruba a floresta. Esse é o princípio que estamos aplicando no projeto”, acrescentou.
Iconografia
Silvana ressalta que o objetivo do projeto Iconografia Local, realizado em parceria com o Sebrae Nacional, busca potencializar novos produtos com as características culturais de cada região. “Agora, quando os olhos todos estarão voltados para Belém, em função da COP30, é preciso mostrar todo o potencial dessa região”, disse.
A partir de abril serão iniciadas oficinas de capacitação e desenvolvimento com 20 micro empresas e artesãos locais que serão selecionados em breve. Até outubro é prevista a divulgação de um livro com as criações geradas a partir do projeto.
Além de Silvana, participaram da Missão em Santarém o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, a equipe do Sebrae local, e representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto Climático Von Bohlen Und Halbach e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).